Jomateleno dos Santos Teixeira, Diretor Presidente do Conselho Deliberativo do SINDETAP, e a Sra. Cida Gracietti, diretora secretária, vão a campo para saber a real situação das cooperativas no Brasil.
Uma coisa é vê-las nos índices governamentais e nas planilhas dos prefeitos, outra coisa e ir em local ver o que realmente estão fazendo com estas pessoas que eles chamam de cooperados e trabalham mais de 12 horas por dia de segunda a sábado, não conseguindo auferir sequer um salário mínimo por mês.
Tudo isso sem falar no ambiente totalmente insalubre que vivem, na falta de equipamentos de segurança e o que é pior, na falta de qualquer direito trabalhista, pois visivelmente essas cooperativas são manobradas politicamente para desvios de verbas, afinal não se precisa de licitação para fazer convênio com cooperativas.
A chegada do SINDETAP e do Sistema INER, “Lixo Zero, Social 10” colocará definitivamente um ponto final no sofrimento destas pessoas, que como dito, acabaram por virar massas de manobra.
Não existe reciclagem no Brasil sem o trabalho dos catadores. São eles que reinserem o material no ciclo de produção, transformando o que é considerado lixo em mercadoria novamente.
São pessoas invisíveis que travam batalhas diárias na busca de sua sobrevivência. As condições dos carroceiros e catadores, no entanto, são muitos desiguais, já que a maior parte deles não participa de cooperativas, porque afirmam ganhar muito mais desta forma.
A maioria dos carroceiros trabalha individualmente, carregando até 400 kg de carga e vendendo o material a preços baixíssimos para revendedores, sendo certo que em sua maior parte estão em situação de flagelo.
Inúmeras cooperativas possuem convênio com a prefeitura o que não muda nada para os carroceiros nem para os cooperados, pois estes convênios são “pilotados” por pessoas de péssima índole que acabam pegando para si o valor do convênio quase na totalidade e dividindo entre os cooperados parte dos valores aferidos com a venda dos produtos reciclados.
O peso do papel dos catadores e carroceiros na reciclagem do lixo é significativo no país inteiro. Segundo estudos realizados pela (USP), eles são responsáveis por quase metade da coleta seletiva no Brasil.
O Brasil recicla apenas 13% do total de resíduos sólidos que produz, e o resto são descartados de forma criminosa em lixões e “falsos aterros sanitários”, agredindo o lençol freático e o oxigênio de todo planeta.
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